quarta-feira, 23 de março de 2011

20 euros

   

   Ontem fiz um programa patrocinado por meu amigo Laurens Steen.  Antes de partir de Recife para esta aventura, Laurens foi tomar uma cerveja em minha casa e me presenteou com um envelope que continha os dizeres: "para você criar um momento especial".  Dentro do envelope uma nota de 20 euros.

O que fazer com 20 euros?  Tantos lugares que iria visitar e tantas possibilidades... Uma massagem em Bangkok?  Um drink numa boate em Madrid?  Salsichas com mostarda alemã...hummm...pensei em muitas coisas, experiências e delícias a degustar com o presente do meu amigo.

Resolvi então tentar um desafio: será que dá para passar um dia em Hong Kong com 20 euros?  A resposta foi sim!  Com a módica quantia de 20 euros ou 47 reais, que daria aproximadamente 200 e poucos dólares de Hong Kong, lá fui eu.

À pé, comecei por Sheung Wan, descendo pelas ladeiras de Mid Levels em direção ao templo Man Mo um dos mais antigos da cidade.  Com um cheiro forte, mas agradável de incenso, o templo é repleto de espirais no teto que são acessos ininterruptamente pelo staff local.  Muito silencioso como um local de oração deve ser, observei várias pessoas rezando e meditando.


Man Mo Temple


Logo após o templo, continuei minha caminhada pela rua Upper Lascar Row (ou Cat St) rua de antigüidades e coisas curiosas.  Comprei um broche da época de Mao por HKD 25.  Perto dali aproveitei para tomar um chá que me levou outros HKD 12.  Estava muito bom e quentinho que me acompanhou por mais uma boa caminhada agora em direção ao Central e a Queen's Road.

Sebo local


No caminho e já com fome, parei num restaurante desses de esquina para almoçar e gastei outros HKD38.  Nada especial, se não fosse pelo fato de ser de uma cozinha indonesa da qual nunca tinha experimentado. Tempero forte mas não tão picante, tipo um Lamen japonês, mas com um caldo mais consistente.

Almoço no caminho


Tinha que consertar meu escapulário que tinha partido, mas nenhuma loja de jóias queria fazer.  Então na rua Li Yuen St West, uma transversal da Queen's Road, encontrei uma simpática moça que me ajudou e a recompensei com HKD 20.

As ruas Li Yuen St East and West são a versão 25 de março de Hong Kong


Tinha como objetivo final ir até o United Centre, centro comercial na Queensway, onde iria obter informações na Thai Airways sobre um pass que me daria direito a viajar por toda Tailândia a um custo interessante.  Até lá, pela Queen's Road e pela Des Voeux Rd, fiz umas fotos legais dos bondes de dois andares que circulam pela avenida e mais à frente, dos arranha-céus dos principais bancos:  HSBC, Hong Kong and Shanghai Bank, Citibank, além do imponente Two IFC.

Belíssimos bondes que circulam na Des Voeux Rd
Hong Kong and Shanghai Bank


Cansado de tanto andar e após uma boa meia hora de perguntas ao rapaz da Thai, parei no próprio prédio para um café com torta de maçã por mais HKD 33.

Metrô seguro, eficiente e sem correria.


Já passando das 18hs ligo para Julien que está no bar e restaurante francês Pastis e marco de encontrá-lo.  Mais $4 de metrô e logo estou tomando um delicioso chopp (HKD 61) na companhia do meu amigo, completando assim a meu dia patrocinado por meu estimado amigo Laurens.  E ainda sobrou troco!

No final um chopp para relaxar


Obrigado Laurens pelo presente e por ter me proporcionado esta bela experiência!

Até breve!

domingo, 20 de março de 2011

A Hong Kong de Julien

Eu e Julien na Dragon-i
    
    Julien talvez seja o amigo mais internacional que tenho.  Apenas profissionalmente já morou em Santiago do Chile, Recife, São Paulo, Nova York e claro Paris, sua cidade natal.  Hoje mora aqui em Hong Kong como sócio e diretor responsável na Ásia pela Trading Central, empresa que fornece informações financeiras (análise técnica de ativos) para bancos, corretoras, gestoras, etc.

Tinha sido apresentado a Julien por meu irmão Rodrigo quando ele morava em Recife, mas apenas quando ele foi transferido para São Paulo em 2004 e eu estava morando lá é que ficamos amigos.  Ficamos tão amigos que já o visitei em Nova York em 2007 e em 2008 comemoramos seu aniversário juntos em Paris.  Não podia perder a oportunidade de encontrá-lo aqui em HK e este era um dos objetivos desta viagem.

Hong Kong é sem dúvida a cidade mais internacional da Ásia.  Colônia da Inglaterra até 1997 quando foi devolvida à China, ainda permanece via acordo de mais 50 anos, com a mesma estrutura social, econômica e o mesmo sistema legal de antes. Praticamente todos podem entrar sem visto, abrir conta corrente apenas com o passaporte, impostos sobre renda são baixíssimos e tudo é rápido e desburocratizado.  Com renda per capita de U$ 42 mil, a cidade respira business.

Visitar uma cidade como Hong Kong pode ser bastante diferente com um host como Julien.  Vocês não fazem idéia como ele é querido nos lugares que frequenta.  Estar com ele aqui tem sido uma experiência e tanto.  Solteiro como eu, adora sair, ir a bons restaurantes, bares e boates.  Numa delas, a exclusiva Dragon-i, não só entramos sem fila e sem pagar, como o gerente nos levou para o bar e nos pagou uma bebida (essa foi nova pra mim).  Tem sido assim em praticamente todos os lugares que vamos.  No restaurante asiático Cicada, ele (e eu junto) é tão bem recebido que a simpatissíssima gerente nepalesa Tara, o abraça repetidas vezes.  A comida é nem precisa ser tão boa.

Hong Kong tem de tudo, praticamente todas as cozinhas do mundo estão representadas em simpáticos e pequenos restaurantes em suas ladeiras, ruas estreitas ou entre as escadarias de Central, Mid-levels e Soho.  A influência britânica ainda é muito forte com vários pubs e o inglês é a língua de todos que trabalham no mercado financeiro e os prestadores de serviços do meio.  A língua oficial é no entanto o Cantonês e o Mandarim já está prestes a ultrapassar o inglês como segunda língua.

http://www.youtube.com/watch?v=lbg6qZdUKgA

http://www.youtube.com/watch?v=aH89jzPBgnc

http://www.youtube.com/watch?v=r6n_2ftq5J4


http://www.facebook.com/album.php?aid=288183&id=564997792&l=473e22544a


Acima alguns vídeos e as fotos (copiar e colar no seu browser) da minha experiência até agora em Hong Kong.


Até breve!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Família no estrangeiro

  

   Quando falei para Cecília que iria para Munique encontrar uns amigos em meio a esta viagem ela disse: "Thannhausen fica a 1 hora e meia de Munique, vamos nos encontrar!". Cecília é uma prima muito querida que se radicou na Alemanha após a universidade e hoje é casada com o simpatissíssimo Bernhard e tem um lindo filho de 3 anos Lucas.  


Thannhausen é a cidade que eles vivem e estão em meio a construção de nova casa com um belo parque em frente. Clique aqui para ver as fotos de Lucas e Bernhard brincando no parque. Cidade de 5 mil habitantes, muito simpática, impressiona e inspira pelo sentido de comunidade.  Praticamente todos fazem trabalhos voluntários.  Do bombeiro ao vereador (Bernhard é um deles) muitos não recebem nada e fazem por saber da importância da participação.  Os moradores sabem por exemplo quanto custaram os brinquedos do parque ou a construção da ciclovia. 

A idéia inicial não era conhecer a cidade deles, pois íamos apenas a Bregenz jogar no Cassino e dar uma volta pelo lago de Constança.  Iria dormir uma noite no hostel e no dia seguinte me deixariam em Munique de volta para eu seguir para Hong Kong.

A maravilhosa acolhida deles me fez ficar 2 dias a mais e ter o prazer de me hospedar com eles.  Como é bom ter família longe de casa!
 
 
Até breve!






quinta-feira, 17 de março de 2011

Qualquer alegria me diverte!




Lobby do Hotel Vier Jahreszeiten Kempinski com Rico e Ian

   "Qualquer alegria me diverte" este é o lema de Zé Maria, um amigo daqueles figura e super alto astral que tenho.  Só pensava nisso quando estava semana passada com minha prima Cecília e família em um hotel da juventude, em Bregenz, Áustria. O "youth hostel" era muito legal, quartos coletivos ou individuais, organizado, limpo, com direito a café-da-manhã e próximo ao nosso principal objetivo que era o Casino Bregenz. 

O contraste com o hotel que tinha deixado pela manhã em Munique onde me hospedei por dois dias em função de dois amigos brasileiros que ia encontrar, Rico e Ian, no entanto era gritante.  O Kempinski não era um 5 estrelas comum. Considerado o melhor hotel da Bavária, é um dos melhores de toda Alemanha.  Seu diferencial é o serviço, talvez por receber reis e príncipes desde 1897 num edifício mais antigo ainda.

Estava sem dúvida na companhia de amigos sofisticados, e neste ritmo passeamos bastante pela belíssima cidade de Munique super organizada e segura.  O ponto alto sem dúvida foi o jantar no extraordinário restaurante japonês Toshi que ficava na rua ao lado do hotel www.toshi.de.com. Seguramente o melhor fora do Japão que já tive o prazer de comer.

Situação engraçada foi a que passamos eu e Rico (Ian ficou no hotel após o jantar) quando caminhávamos pela rua no bairro mais agitado.  Uma moça e um rapaz nos abordaram e pediram para que eu entrasse numa pequena boate para pegar um carimbo que colocavam na mão da pessoa que entrava.  Perguntei porque e ela disse que o amigo tinha menos de 18 e ela tinha esquecido a identidade em casa, o que obviamente não parecia ser a verdade.   

Já gostando da aventura, peguei os 5 euros que a moça me deu para pagar a entrada e lá fomos eu e Rico entrar no lugar que ainda estava bem vazio devido a hora.  Na volta e com o carimbo na mão, vem a surpresa: a moça estava totalmente equipada com adesivos, capas de cd e canetas especiais para reproduzir o tal carimbo na mão deles.  Achei super engraçado e tirei a foto de recordação.





Próximos posts: vencendo no cassino, fantástica recepção de Bernhard e Cecília e Hong Kong!

Até breve!

Um dos belos edifícios de Munique
Visita ao campo de concentração Dachau, próximo a Munique.
Famoso estádio de futebol do Bayern de Munique rival do Borussia Dortmund do primo Bernhard

quarta-feira, 16 de março de 2011

Terra do sol nascente

  
   Passados 5 dias da tragédia no Japão onde aconteceu o maior terremoto registrado no mundo nos últimos 100 anos, volto a escrever no blog Flanador.  Esses dias foram, e ainda tem sido, agora pela questão nuclear, muito estressantes.  Logo nas primeiras horas após o terremoto seguido do tsunami consegui falar com meu irmão Hiraku por skype que mora na cidade de Saitama próxima a Tokyo ao norte.  Ele já tinha notícias de okasan, nossa mãe, que estava em Tokyo no momento do desastre e de Yutaka (irmão) que mora em Yokohama (sul de Tokyo) e estavam bem apesar de não puderem se locomover pois todos os trens estavam paralizados. 

Okasan iria neste dia dormir justamente na casa do filho e teve que ficar em Tokyo, assim como a esposa de Hiraku que estava no trabalho e teve que dormir por lá.  Yuta também não conseguiu voltar para casa.

A grande preocupação no entanto recaía sobre otosan (pai) que estava em Sendai.  Não tínhamos notícia alguma sobre ele e a apreensão tomou conta.  Sendai estava sem luz, água, telefone e gás.  Ninguém sabia a real situação e o alívio só veio 12 horas depois quando ele conseguiu chegar em casa e mandar uma mensagem que estava bem.

Sendai, a maior cidade atingida pelo terremoto e tsunami, é a cidade onde fui intercambista do Rotary em 1992 por 1 ano e deixei pessoas muito queridas como a família Kawabe da qual falei agora e vivi na sua casa como um filho.  Após quase 20 anos ainda mantenho contato e os considero como meus pais e meus irmãos.

Um dos principais propósitos desta volta ao mundo é justamente revê-los após 15 anos (estive novamente em 1996) e passar uns dias em Sendai relembrando o japonês e a vida que levei por lá.

Sou um admirador desse povo desde que lá vivi.  Não conheço gente mais educada, determinada, gentil, tranquila e paciente. Estou em contato com eles desde a tragédia e eu sou o mais preocupado, eles sempre me passando calma e de que tudo está bem para eu não me preocupar.  Como o skype tem vídeo, dá para ver que não é só discurso, está no semblante deles.  Admirável esse povo da terra do sol nascente.

Tentarei atualizar os acontecimentos de Madrid até agora Hong Kong.

Até breve!

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres Heroínas


   Qual mulher não é uma heroína?  Acho que nós homens devíamos render homenagens a vocês mulheres todos os dias.  Não só hoje no dia Internacional da Mulher.  Vocês que nos aguentam com nossas demandas de carinhos constantes, coompreenção a toda prova, perdão incondicional...

Digo: heroínas não são apenas as Frida's Kahlo, Joanas D'arc ou Santa's Catarinas de Alexandria, que lutaram pela liberdade, ensinaram, criaram arte e contribuíram para o desenvolvimento, cultura e riqueza do mundo.  Heroínas são todas vocês que tornam esse mundo possível de viver com sua doçura, seu amor e ternura.

Parabéns mulheres!

O Museo Thyssen-Bornemisza de Madrid homenageia vocês hoje com a exposição "Heroínas" que segue até o dia 5 de junho.

Até breve!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Come-se bem em Madrid?

Museo do Prado e acima exposição "Heroínas" em cartaz no Museo Thyssen-Bornemisza que inaugura amanhã
   Falaram-me que Madrid estaria para São Paulo assim com Barcelona para o Rio de Janeiro. Assim como me falaram que o mesmo se dava com Milão e Roma. Milão seria o centro financeiro e Roma mais solta, descontraída.  Adoro São Paulo, morei lá e acho uma cidade magnífica.  Mas para turistas o Rio é sem dúvida muito melhor, assim como foi Roma para mim.

Madrid no entanto não acompanhou esta lógica. Tudo bem que não fui a Barcelona que dizem ser maravilhosa, mas Madrid é belíssima! Histórica e cheia de monumentos, edifícios e palácio imponentes, vários museos importantes como o Prado, o Thyssen-Bornemisza e o Reina Sofia, é servida ainda por belas praças e parques.

A Plaza Mayor lembra as que vi em Roma só que como diz o nome talvez um pouco maior e muito agradável, impressiona e dá vontade de ficar admirando sempre um pouco mais.

Próximo à Plaza Mayor almocei no Restaurante Botin que foi indicado por meu amigo Rodrigo Suassuna o qual é anunciado como o restaurante mais antigo em funcionamento do mundo (1725).  Só por este fato e pela decoração do lugar já valeria a pena, mas o cordeiro assado é realmente muito bom e vale a pena.

E quem vem a Espanha e não prova uma Paella? Fiz esse sacrifício no restaurante La Barraca (Calle de La Reina, 29) que engana pelo nome já que é muito distinto e dispensa um excelente serviço.  Não sabia, mas aqui se faz Paella de muita coisa.  Pedi a marítima que estava excelente.  Aprovadíssima.  Em Madrid pode-se comer muito bem sim senhor!

Até breve!
Brasileiras se juntaram no passeio e que almoçaram comigo no Botin.  Acima: salão do restaurante, cozinha e o cordeiro assado.
Restaurante La Barraca onde pude experimentar a famosa Paella espanhola.

sábado, 5 de março de 2011

Ave Maria Madrid!


  Ouvi meu pai falar desta loja inúmeras vezes, tinha curiosidade em conhecer.  El Corte Inglés é uma bela loja de departamentos sem dúvida, e com um supermercado no subsolo tem quebrado meu galho magnificamente já que fica bem perto do meu hotel.

Fiquei surpreso no entanto com a mini orquestra de rua em frente à loja tocando Ave Maria de Shubert com dois violinos, violoncelo, teclado e voz.  Parei, filmei e paguei pelo show.  Aproveitem isso e alguns detalhes em fotos da belíssima e histórica Madrid pelo link

http://www.facebook.com/album.php?aid=284321&id=564997792&l=fa5535fa6e

Até breve!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Golfinhos e Pastel de Nata

     
   
   Como não poderia deixar de ser numa viagem dessa natureza, surpresas agradáveis e fatos inusitados já ocorreram desde a minha saída de Recife. 

Gustavo Satou em sua saga para encontrar sua namorada e minha amiga Nini Chung em Londres, já estava com ares de trama e com pinta que ainda teria alguns capítulos pela frente.

Encontro também dois amigos na hora do embarque: Gomes que seguia para Petrolina e Tiago Lima com sua esposa Helena que embarcaria no mesmo vôo para Lisboa.

Aproveito para conversar com Tiago, que entusiasmado com minha viagem, fala de livros, filmes e experiências que enriquecem meu roteiro.  Boa surpresa.

Outra boa surpresa foi viajar ao lado e conhecer Monica, italiana do nordeste da Itália que voltava de férias de Recife onde tem amigos. Monica visitou entre outras Natal e Pipa, onde se emocionou ao ver os golfinhos na praia do Madeiro tão próximos da costa.  Monica é treinadora desses simpáticos animais em um parque na Itália e para vê-los em seu habitat natural tem que navegar milhas adentro.

Muito simpática, desejou-me sorte em minha aventura após tomarmos um café com pastel de nata no aeroporto de Lisboa minutos antes do meu embarque para Madrid.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ver o Mundo

   começo hoje minha aventura.  Acho que sou um pouco supersticioso ou presto atenção demais em alguns detalhes.  Ultimamente reli por coincidência duas vezes uma citação do navegador Amyr Klink em seu livro Mar Sem Fim o qual já havia lido muitos anos atrás. Uma vez de link enviado por Fabiana Estevez grande incentivadora deste blog, e outra no livro Diário de Bordo de André Magalhães Homem de Mello que estou lendo e me acompanhará nesta viagem  (Tiago, ainda não deu tempo de comprar os livros que você me indicou, mas comprarei no caminho do aeroporto, muito obrigado).

Este texto diz muito do que sinto e traduz bem o propósito dos viajantes.

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”